21.11.08

Livros para uma cuca bacana

Tá tarde pra chuchu, tô morrendo de sono mas acabei de descobrir um link ótimo que não podia deixar de dividir.

Adoro dar livros pra Laís e adoro mais ainda quando ela ganha livros de presente. Sempre gostei de ler (ponto para meus pais que super incentivaram a gente desde sempre) e me empenho para que nesse ponto minha filha tenha a mesma sorte que eu. Mas a verdade é que vivo sofrendo na livraria sem saber se determinado livro é próprio pra idade dela ou não. Até na livraria da travessa onde os livros são separados por faixa etária, as vezes fico achando que os livros ou são bobocas demais, ou adiantados demais.

Em fim, estava lendo umas matérias no site da revista Crescer e achei o link para esse hotsite de literatura infantil:livros para uma cuca bacana. Super interessante. Dá uma olhada lá. Boa leitura pra você e seus pequenos!

19.11.08

E por falar em resposta...

Esse diálogo aconteceu hoje e por isso está bem fresquinho na minha cabeça os argumentos e entonações usados pela minha pequena cidadã.

Chovia à cântaros e eu precisava ir ao banco. Do outro lado da rua, nada muito demorado, mas o escândalo que precedeu minha saída foi semelhante a eu sair carregando uma mala de rodinha e dizer:- Até semana que vem!

Não sei porque ela estava muito sensível hoje. Talvez por isso quando acordou do seu soninho da tarde e me viu de roupa de sair, perguntou assim meio como quem não quer nada:

- Você vai fazer o que?

- Vou ter que sair de novo filha, não consegui resolver o que fui fazer no banco aquela hora, então vou ter que voltar lá, mas é rápido...

- Não, mamãe. Você não vai não...

- Eu preciso filha é rápido...

- Não pecisa não!(essa frase já foi em tom de sofrimento, naquele quase-abrindo-o-berreiro) Eu vou no banco com você!

- Não pode fil...

- PODE SIM!

- Ô filhota, se tivesse chovendo menos eu até te levava, mas tá chovendo muito e não é bom criança sair com chuva.

E então ela fez aquela cara de quem se lembrou de algo de repente e respondeu:

- Mas eu tenho guarda-chuva, sabe?


Lembrando que o pingo de gente só tem dois anos e dois meses, ok?

12.11.08

Criança tem cada resposta!

Ando meio corrida essa semana então, enquanto não tenho tempo de sentar e escrever as últimas da minha gaiatinha, vcs podem ir dando risada com esse e-mail que me foi enviado pela minha amiga Veruschka, mãe da fofíssima Laurinha, amiga "de infância" da Laís:

Não discuta com crianças! - A vítima pode ser VOCÊ

1- Uma menina estava conversando com a sua professora. A professora disse que era fisicamente impossível que uma baleia engula um ser humano porque apesar de ser um mamífero muito grande, a sua garganta é muito pequena.A menina afirmou que Jonas foi engolido por uma baleia.Irritada, a professora repetiu que uma baleia não poderia engolir nenhum ser humano; era fisicamente impossível.A menina, então disse:
- 'Quando eu morrer e for ao céu, vou perguntar a Jonas'.
A professora lhe perguntou:
- 'E o que vai acontecer se Jonas tiver ido ao inferno?'
A menina respondeu:
- 'Então é a senhora que vai perguntar.'

2- Uma professora de creche observava as crianças de sua turma desenhando. Ocasionalmente passeava pela sala para ver os trabalhos de cada criança. Quando chegou perto de uma menina que trabalhava intensamente, perguntou o que desenhava. A menina respondeu:
- 'Estou desenhando Deus.'
A professora parou e disse:
- 'Mas ninguém sabe como é Deus.'
Sem piscar e sem levantar os olhos de seu desenho, a menina respondeu:
- 'Saberão dentro de um minuto'.

3- Uma honesta menina de sete anos admitiu calmamente a seus pais que Luís Miguel havia lhe dado um beijo depois da aula.
- 'E como aconteceu isso?'Perguntou a mãe assustada.
- 'Não foi fácil', admitiu a pequena senhorita, 'mas três meninas me ajudaram a segurá-lo'.

4- Um dia, uma menina estava sentada observando sua mãe lavar os pratos na cozinha. De repente, percebeu que sua mãe tinha vários cabelos brancos que sobressaíam entre a sua cabeleira escura. Olhou para sua mãe e lhe perguntou:
-'Por que você tem tantos cabelos brancos, mamãe?'
A mãe respondeu:- 'Bom, cada vez que você faz algo de ruim e me faz chorar ou me faz triste, um de meus cabelos fica branco.'
A menina digeriu esta revelação por alguns instantes e logo disse:
- 'Mãe, porque TODOS os cabelos de minha avó estão brancos?'


7.11.08

Faniquitos

Laís é uma criança dócil, bem humorada e sorridente. Não é só minha opinião de mãe coruja não, juro. É unanime. Eu brinco com ela que existem dois tipos de pessoa no mundo “as que te amam e as que não te conhecem”. O que absolutamente não impede que ela já tenha entrado naquela famigerada fase dos faniquitos.

O pior dos faniquitos é nunca saber o que será o estopim do próximo. Tem um desenho animado recente, acho até que é do Spilberg, daquele “pacote” dos animanics e Pink e o Cérebro, chamado Kate Kaboom. A Kate é uma adolescente doce é meiga que vira um monstro verde que destrói a casa e o quarteirão quando algo extremamente grave a tira do sério, como uma espinha por exemplo.

No caso da minha Kate Kaboom existem dois tipos de faniquito.

O primeiro é o que começa aos poucos e em geral acontece dentro de casa, quando algo a irrita como um lego que ela não consegue encaixar ou uma luva de borracha que não consegue calçar. Aí ela começa assim:

- Hamm!Hamm! HAMM! (cada vez mais alto) ÁÁ! ÁÁ! ÁÁ! ÁÁÁÁÁ! Esse último "ÁÁÁÁÁ" já é um berro agudíssimo e em geral a hora que eu costumo a intervir:

- Ei! Eu pari uma criança ou uma arara? Que que tá acontecendo aqui? E ela:

- Não consigo! Não consigo! (em tom de desespero como se fosse me salvar da forca)

- Calma, não consegue o que?

- A luva! Não consigo, não consigo!

- Calma! Dá aqui que eu ajudo. Pronto!

Calço a luva, o sorriso volta e voilá! Acabou o drama.

O segundo tipo é o que eu chamo de “faniquito clássico” e óbvio, só acontece na rua, em frente a diversas testemunhas.

O faniquito clássico começa assim: você sai na rua com a criança sem carrinho porque só vai logo ali e já volta. Depois de 40 minutos deixando-a fazer o que quer correndo de um lado pro outro você decide que já basta porque é hora de tomar banho jantar e coisa e tal e diz:

-Agora vamos né?

- N-Ã-O!

- Vamos sim, tá na hora de papar!

- Não! Vou papá não!

- Vai sim, já está na hora. Vamos!

- N-Ã-O vamos N-Ã-O! Esse segundo não já é histérico e acompanhado daquele pequeno ser se jogando no chão com as lágrimas rolando em profusão, batendo veementemente os pés e as mãos ao mesmo tempo e gritando entre soluços frases completamente incompreensíveis aos ouvidos destreinados (mas que eu entendo perfeitamente “quelo papá não! quelo i pá casa não!”).

Todos os olhares em volta recaem sobre você, que sabe exatamente o que todo mundo está pensando: “coitada da criança. O que será que essa megera fez?” Aliás, todo mundo não. Tem quem pense: “credo! Que criança mais mal educada! Se fosse meu filho eu dava logo um jeito”(eu garanto: todo mundo tem jeito pro filho dos outros).
De um modo ou de outro, você é sempre uma bruaca incompetente e ponto final.

Você fica ali entre a vontade de fingir que não faz a mais vaga idéia de quem pariu a criatura e ficar disfarçadamente olhando vitrines, e a vontade de levantá-la do chão na marra e se reclamar ainda tascar-lhe uma palmada que é para ter motivo de verdade pra tanto choro.

Refreando todos os impulsos, você se agacha (porque segundo os educadores você intimida a criança falando com ela do alto) e tenta paciente e carinhosamente convencê-la de que amanhã tem mais, e ainda por cima tem uma sobremesa-surpresa-de-chocolate-super-legal etc...

Há que se ter muita calma nessa hora. Respiro fundo, peço a Deus só um pouquinho mais de paciência e, por fim, o truque da sobremesa cola. A criança levanta, para de chorar e a audiência já pode arrumar outra coisa pra se distrair e comentar em casa mais tarde.

À bruxa (eu, claro), só resta engolir em seco e resignar-se. Porque afinal, na maior parte do tempo a criança é mesmo dócil, bem humorada e sorridente.