14.5.09

A vó da Laís

A vó da Laís é a pessoa mais reclamona e teimosa que eu conheço. E também de longe, a mais generosa e leal.

A vó da Laís merece muito, mas muito mais do que um texto atrasado e pouco inspirado de dia das mães, mas ela sabe melhor do que ninguém como tem sido esses meus dias.

Parentese: algúem aí já experimentou se mudar com uma criança de 2 anos a tira-colo? Talvez um dia eu escreva sobre isso (disse talvez porque pode ser que prefira esquecer esse episódio).

Tenho uma admiração profunda pela minha mãe, mas o melhor que eu consegui dizer foi:
- Mãe, se a Laís que é tranquila já me enlouquece, eu imagino vc com um filho de 4, um de 2, uma recém-nascida e ainda por cima sem fralda descartável!! Você é incrível!

Pra dizer pra minha mãe o que gostaria mais não tenho inspiração vou pegar emprestadas as palavras do meu querido poeta Quintana:


Mãe...
São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!


Tenho sorte de ter você. A Laís tem sorte de ser sua neta. Te amo.

3.5.09

Como torturar uma mãe das 6 às 8 da manhã

Ando numa fase difícil e com isso acho que estou com uma certa tendência a achar tudo muito chatinho.

Só isso explica porque de uma hora pra outra eu que adorava o capricho da programação infantil do Discovery Kids (e da Nick e da Disney a reboque) passei a achar tudo um tédio. De tão entediante começou a me dar gastura. Acabei desenvolvendo uma estranha obsessão ao assistir desenhos-animados-politica-e-pedagogicamente-corretos, mas falarei dessa obsessão em outra ocasião, pra não fugir do tema proposto que é a lista de tortura que pensei numa manhã dessas.

Queria antes porém fazer um parêntese porque sempre estudei de manhã e sempre acordei cedo mas isso não signifca que eu goste disso. Agora que a Laís tá maiorzinha fizemos um trato mais ou menos bacana: se eu for pra sala com ela, ela permite que eu cochile no sofá mais um tempinho enquanto ela fica na dela vendo desenho.

A questão é justamente o tempinho, que varia de acordo com a fome dela ou o quanto ela esteja interessada no desenho porque se interessar a ela, ela deduz que interesse a mim também e aí já viu...

Então, com vocês, a lista:

- Acorde às 6 em ponto e chame sua mãe. Se for 15 para as 6 então, melhor. Se ela fingir que ainda dorme grite muito alto até que ela com medo que você acorde a vizinhança toda mande seu pai ir ficar com você.

- Quando vir o seu pai, e não sua mãe, grite e esperneie mais ainda como se tivesse visto a própria Cuca em pele e peruca loura.

- Quando sua mãe entrar no seu quarto brigando pra você parar de berrar, pare imediatamente, ponha os dedinhos na boca, fungue e diga num sussuro: - Mamãe, eu quelia você...

- Depois deixe ela deitar ao seu lado e faça cara de sono, até feche os olhinhos pra ela se iludir e achar que você vai dormir de novo e que ela também vai poder.

- Quando ela estiver animada com essa idéia tasque dois beijões estalados nas bochechas dela e diga: -"Codo,codo?" ( que nem ela fazia quando vc era neném). Dê o melhor dos seus sorrisos e sugira: -Vamo na sala um poquinho?

- Peça pra ver qualquer um desses desenhos: Super fofos, Pistas de Blue, Dora Aventureira, Go Diego, A casa do Mickey, Caillou, Little people, Os heróis da cidade.

- Quando notar que ela começa cochilar peça o Toddy que ela já tinha oferecido e você disse que não queria.

- Negue o sucrilhos que ela ofereceu quando foi buscar o toddy. Quando ela sentar e começar a cochilar de novo aí você fica com fome e vontade de comer sucrilhos.

- Faça ela desistir de uma vez por todas dessa tolice de cochilar fazendo-a levantar e fazer a "Mickey dança" com vc. Se for preciso berre, ela não gosta mesmo de acordar os vizinhos...

:o(

Não sou teimosa não!

Tem algumas situações com as crianças que a gente tem que ficar sério pra não perder a moral (ou até mesmo pra não desrespeitar o pequeno ser afinal de contas) mas que de verdade dá vontade de rir dá. Quem já não passou por uma dessas?

Acordei com uma mega crise alérgica. Depois de uns 50 espirros e algumas horas sem respirar pelo nariz resolvi tomar um banho quente pra ver se melhorava um pouco a situação.

Acordei Wil e pedi que ficasse com a Laís pra mim. Quando desliguei o chuveiro e comecei a me enxugar, escutei a seguinte discussão vinda da sala:

- Laís para com isso, vai bater no seu olho e vai machucar.
- Não paro não!
- Minha filha, vai bater no seu olho e depois você vai vir chorando!
- Não papai! Eu quelo faze isso!
- LAÍS, PARA VOCÊ VAI SE MACHUCAR!
- NÃO PAPAI! EU- QUE-LO FA-ZE!
-Como você é teimosa minha filha!
- Não sou teimosa não!
- É sim!
- Não sou teimosa não!
- É teimosa sim!
- Não sou não! Não sou teimosa! Hãããm!
- "É sim." Nesse "é sim"eu pude perceber que ele já estava se segurando pra não rir.
- Não sou, não sou, não sou!
- "Então é o que?" Ele claramente desistiu já não devia mais conseguir segurar o riso...
- Eu sou boa-zi-nha!

E nessa eu já estava me escangalhando de rir no banheiro, já que dessa vez eu não precisava manter a compostura.