24.9.10

Da série "rapidinhas": feijão

Ontem, enquanto batíamos um papo cabeça, Laís vira-se pra mim muito séria e diz:
- Mamãe, você sabia que eu não gosto de feijão?
- Não??? Sempre achei que você adorasse!
- Não mamãe. Eu só como porque tem ferro.
- Ah é?
- É. Porque quando eu crescer, eu quero ser mulher do homem de ferro!

22.9.10

Inforrrrrmação Imporrrrrtante

Não, eu não estou com sídrome de Galvão Bueno. Esse monte de erres aí do título é só pra registrar que, quase como num passe de mágica, no exato dia em que completou 4 anos, Laís chegou em casa com uma novidade.

Disse “Olha mamãe” e colocou minha mão na sua garganta, como eu fazia com ela quando queria mostrar a vibração que o erre faz ao falarmos.
E aí destramelou: “-Prrrreto, prrre, preto. Maneirro, rro rro. Bi-ri, brr, brinco. Viu mamãe?”

Foi maneiro mesmo. Quase promovi outra festa pra comemorar esse marco na vida da pequena.

E de agora em diante, os diálogos que registro aqui, serão recheados de erres!

7.9.10

Músicas daqui, ritmos do mundo


Estou inaugurando hoje a seção #ficaadica do blog. Porque simplesmente acho que belos achados precisam ser compartilhados.

No último fim de semana, foi aniversário de um ano de Rubem, filho da dinda da Laís ( que a Laís só chama de “bombomzinho da dinda”, uma coisa, só vendo) Ele ganhou de presente esse CD que tocou na festa e fiquei imediatamente vidrada : Músicas daqui, ritmos do mundo.

O texto a seguir não é meu, mas dá ima boa idéia do conteúdo, no final tem o link pro texto completo.
"Se fosse apenas um livro, as aventuras de Felícia, Joel e Piuí já seriam divertidas, coloridas e instrutivas. Se fosse apenas um CD, a adaptação de músicas de roda tradicionais para ritmos do mundo inteiro já seria um valioso achado. Juntos, livro e CD são indispensáveis para todos os pais e professores que desejem despertar o entusiasmo da leitura e da música, simultaneamente, em suas crianças.
A ideia do CD Músicas daqui, ritmos do mundo é simples: experimentar as combinações entre nossas cantigas infantis e os ritmos mais conhecidos do mundo todo.Foram convidados músicos e intérpretes de grande qualidade, especialistas em seus respectivos ritmos, para dar nova cara aos clássicos infantis escolhidos.  A seleção foi das melhores, tanto das cantigas quanto dos artistas, e principalmente a adequação entre a cantiga original e o ritmo escolhido.Peixe vivo em ritmo de ópera é uma das grandes surpresas do CD. Fui no Tororó, típico rock interpretado pelo grupo Ira, é o exemplo oposto. Luiz Melodia transforma Atirei o pau no gato em blues, com gaita e tudo. Acabado o CD, o livro prossegue, com Felícia e Joel juntando numa balsa todos os músicos que conheceram pelo mundo. Ao chegarem à ilha, promovem uma grande festa multiétnica e multisonora que põe todo o reino para dançar!
O livro-CD serve como uma divertida ferramenta educativa: com ele as crianças passam a conhecer os diversos ritmos musicais que existem, e de quebra descobrem, na prática, o que é diversidade cultural e por que ela é o maior tesouro da humanidade.”
#Ficaadica

2.9.10

Para Su, com afeto.

Para as minhas 4 leitoras (mamãe, minha comadre e minhas duas melhores amigas) , que não sabem  a quem me refiro no título do post, Suzany é minha quinta leitora. Uma cearense muitíssimo carinhosa, que um dia por acaso achou meu diário (ok, ok, meu “mensário”, vá lá) e como não poderia deixar de ser, se apaixonou por Laís (o que? Vcs acharam que eu ia ter a cara de pau de dizer que ela se apaixonou pelo meu estilo literário? Não queridas, ainda não bati tão forte com a cabeça).

Toda vez que dou aquela minha “desaparecida básica” do blog, ela deixa recadinhos saudosos no meu Orkut, querendo saber como anda Laís.

Esse up-date é pra você Su.


Dia 14 Laís completa 4 anos. Eu ando muito satisfeita de ver que, modéstia a parte, fizemos um bom trabalho até aqui (eu principalmente, e minha equipe de apoio: o pai, a avó e a escola. hahaha).

Pra você ter uma idéia, domingo passado eu queria muito ver a reportagem do Fantástico sobre os mineiros presos no Chile, mas ela ainda estava acordada e queria ver desenho. Aí eu contei pra ela o que tinha acontecido e conforme víamos a reportagem, ela me ia me perguntando e eu explicando a situação para ela.

Na quarta-feira  seguinte, ela achou a cabeça de um santinho da avó que tinha quebrado e falou:

- “Olha mamãe! É a cabeça do papai do céu.”
- É mesmo. Quebrou né? Deixa aí pra vovó consertar depois...

Ela disse “ pelai”, olhou pra cabecinha na mão dela e rezou: “Papai do céu obigada pela minha família, meus amigos, minha saúde, minha escola e poteje os meninos pesos na caverna.”  Deu um beijinho na cabeça e colocou no lugar. Fiquei mais emocionada do que na minha primeira festa de Dia das mães.

Tem sido um exercício interessante compreender que Laís não é uma extensão minha. Nem do pai. Nos imita em várias coisas, é fato, e tem um isso e um aquilo de um e de outro, mas ela já tem as preferências, vontades, virtudes e defeitos que são só dela, não herdou de ninguém.

Ela continua adorando cor de rosa e detesta vestir azul marinho, como eu. Pro meu total desespero e incompreensão ela acorda quase sem fome (igual ao pai) e se recusa terminantemente a tomar um toddy (eu não vivo sem toddy. Se acabar o toddy na terra será o fim dos meus dias). Ando desconfiada, aliás, que ela não curte muito tomar leite. Nem gosta muito de queijo de uma forma geral e detesta requeijão (também pra minha total incompreensão). Com exceção da mussarela da pizza e do parmesão no macarrão. De iogurte ela gosta também.

Detesta dias de chuva e chega a chorar quando acorda e vê que não tem sol. E detesta casaco e calça comprida. Mantê-la calçada então, é uma tarefa hercúlea, até no restaurante a primeira coisa que faz depois de se sentar é jogar os sapatos pra longe.

Ela é bem pouco competitiva, como eu. Se alguém propõe algo como “quem acabar primeiro ganha” ela é a primeira a dizer: “ - Ó, não quelo binca disso não, tá?”. Em compensação é muitíssimo determinada. Dia desses, ela estava tentando estalar os dedos e ficou frustrada por não conseguir. Eu (essa pateta que vos escreve) disse pra ela não ficar triste porque era difícil mesmo e ela ainda era muito pequena pra aprender a estalar os dedos. Ela me ignorou solenemente (thanks God!) e uma semana depois estalava serelepe os dedinhos, inclusive com a mão esquerda, coisa que essa mesma pateta não consegue fazer até hoje.

Lição do dia: nunca, mais nunca mesmo, diga a seu filho que algo é difícil demais pra ele fazer.

Ela é uma menina muito carinhosa e meiga e diz pras pessoas que ama as mesmas coisas lindas que ela ouve de nós. De repente, do nada , me olha de touca de banho com cara de sono e roupão de banho e diz: “Mamãe, você é tãããão linda!”  E ainda faz cara de apaixonada. Eu me esforço um monte para só agradecer sem cair na risada. Mas ela é um pouco manipuladora também. Gosta de fazer um charminho pra conseguir o que quer. O pai então, coitado, sofre na mão dela. Fico muito impressionada de perceber como ela já sabe direitinho como fazê-lo sofrer, ou fazê-lo ceder (confesso que nessa parte eu ajudo um pouco. Shame on me). Ela é muito bagunçeira e presepeira. Adora ficar fazendo danças esquisitas e caretas na frente do espelho. Gaiata a senhorita, muito gaiatinha, mas isso ela puxou do pai (eu sou uma pessoa discretíssima...).

Eu já tenho 3 “netos” Clarinha, Chiquinho e Alice. E ela é uma “mãe” muito atenciosa e carinhosa. Adora brincar de mãe e filha, e eu claro, sou sempre a filha. Esse exercício é muito interessante. Posso reproduzir suas atitudes e ver como, na interpretação dela, eu lido com elas. Eu sei exatamente como ela me vê: ela me acha uma mãe muito carinhosa e muito braba. E ela tá certa. Eu sou isso aí mesmo.

Fala pelos cotovelos (assim como o pai e a avó. Eu, sou uma pessoa muito reservada...) e inclusive, dormindo. Desconfio inclusive que ela fala outra língua enquanto dorme. Acho que é árabe.

Entrou no ballet no mês passado e pra minha surpresa está amando (achei que ela ia achar o ballet um saco e ia pedir pra mudar pra capoeira na primeira semana) e cada vez que veste aquela roupinha de bailarina ficamos eu e o pai babando.

Quase 4 anos, como você pode ver , muito bem vividos até aqui. Agradeço todos os dias por esse presente que a vida me deu, e peço apenas saúde para poder continuar ensinando e aprendendo, e me encantando com a minha filha.

E agora vou  voltar pro ninho, que essa corujinha aqui até cansou de tanto voar!

1.9.10

Discovery Kids e Eu

Ahá! Pe-guei!
Finalmente, depois de quase 3 anos de marcação cerrada,considerando-se que Laís começou a assistir televisão por volta de um ano de idade, consegui pegar um erro (de dublagem, vá lá, mas ainda um erro) no Discovery kids.

Estava vendo aquele famigerado Hi-5 novo (o que aconteceu com os antigos? Ficaram velhos? Tipo Menudo?) quando, naquela parte final onde eles contam historinhas, eis que a menina que narrava a história diz: “- E então eu realizei meu sonho de se transformar em uma estrela no céu!”

Não sei bem há quanto tempo desenvolvi essa estranha obsessão (eu sou mãe, ora pitombas, mães são seres cheios de estranhas obsessões), mas o fato é que, há algum tempo, só consigo assistir Discovery com minha filha se for pra ficar procurando furo.

Logo que comecei assistir Discovery ficava encantada por ver aquela dedicação para criar desenhos bacanas e educativos. A seleção é rigorosa: se não “estimula a raciocínio lógico”, não “desperta a curiosidade” e se não “ ensina a compartilhar”, não serve pro Discovery Kids.

Por que os desenhos da minha época (mãe entregando a idade) eram todos com um animalzinho com cara de zongo mongo metido a fofi que na verdade era sempre um grandessíssimo FDPSD (= Filho da puta sádico dissimulado), como o piu-piu, o papa-léguas ou o Jerry. É claro que não me tornei nenhuma desajustada assistindo Tom e Jerry, que até hoje é meu desenho predileto, mas como mãe achava lindo aquela história de irmãos koala cantando a canção de ajudar:
“tente ajudar, importe-se com os outros
sempre que puder, divida o que tiver
ajudar é bom, me deixa tão feliz!
Vamos lá ajude alguém!
Venha ser feliz também!”

Parece até jingle da Caixa econômica, né não? Aquele toquinho de gente ficava rebolando o fraldão da frente da TV toda feliz, e eu toda feliz de não me sentir culpada por já tornar aquele pitoco de gente numa adicta na caixinha preta. Só que, como eu disse, cresci vendo coisas mas “animadas” do que uma menina de cabelo rosa que inventa histórias para o irmãozinho ou um dinossauro roxo amigo das crianças e cheio de boas maneiras pra ensinar.

Eu cresci vendo Tundercats, He-man e Zone Raiders! Vcs lembram do Mun-rá? Só de lembrar tenho pesadelo até hoje! Pra quem não conhece, resumo:

Tundercats: seres meio felino/meio humanos lutavam contra mun-rá, o de “vida eterna”. Uma desgraça de uma múmia franzina que os espíritos do mal transformavam em uma múmia saradona com olhos vermelhos e esbugalhados. Sinistro.

He-man: um príncipe estilo Roberto Leal (que? vc não sabe quem é Roberto leal? Ah, vai catar no Google pô!) que luta contra um esqueleto do mal que quer conquistar o planeta na companhia de mais uma dúzia de seres do mal.
Ok, vá lá. Se quiser saber quem é Roberto Leal, clica aqui.


Zone raiders: uma parte da cidade (alguma qualquer dos EUA que não lembro agora) era contaminada por alguma porcaria e isolada por uma redoma de vidro. As pessoas lá dentro eram uns zumbis da porra.

Bom, agora pensando melhor, acho que fiquei meio desajustada sim, porque ao invés de ficar feliz com o Discovery e todo aquele universo de coisas boas sendo ensinadas eu fiquei foi profundamente entediada. Até porque vamos e venhamos: os caras compram 5 episódios de cada desenho e passam “ad nauseum”. Acho que deveria ter uma lei que proibisse qualquer mãe de ser torturada tendo que ver 10 vezes o mesmo episódio de (marque um x na opção mais torturante):

( ) Mister Maker!
( ) Lazy Town
( ) Mecanimais
( ) Todas as respostas acima.

Meu desenho preferido  do Discovery é George o Curioso , a quem apelidei carinhosamente de “George o vândalo”. Adoro o episódio em que ele seqüestra todos os cachorros que iam participar de uma exposição e os donos ficam histéricos procurando. Gosto também particularmente do episódio do campeonato de reciclagem, que ele pra poder ter mais embalagens vazias vai até a geladeira e mistura resto de picles com ketchup e calda de chocolate no mesmo pote. Genial! George rasga papel de parede, abre presente dos outros, e derrama suco de uva no tapete novo. George é quase uma criança normal. Ok gente, eu sei, George é um macaco, mas vai dizer que vcs acham que o Charlie (da Lola) é um menino crível? NÃO É NÃO! Charlie é fake, Charlie não existe! Nenhum irmão de 8 anos tem toda aquela paciência com a irmãzinha pentelha de 3! Eu sei! Eu tenho 3 irmãos mais velhos, 3! Vão por mim: Soren Laurence (o amigo imaginário da Lola) é mais real que Charlie.

Aliás, outro irmão que me irrita é o Caillou. Gente onde já se viu um moleque de 4 anos que tem to-da aquela paciência do mundo com a irmã caçula (Rosie)? Ele conta história pra ela dormir! Áhaha-haha (risada insandecida) ! Faz-me rir, mas muito mesmo! E alguém pode me explicar porque o moleque tem 4 anos e ainda é careca?

Na verdade, esse foi o segundo erro que eu peguei, mas demorei tanto pra escrever esse post que acabei esquecendo qual foi o outro.

Em fim, ainda cabe dizer, antes de deixar esse assunto pra lá, que:
- Adorei a estréia de meu amigãozão – produto nacional de primeira qualidade,
- Continuo amando os imbatíveis amiguinhos Backyardigans,
- E o Doki é tudo de bom! :o)