30.7.09

Não sou tesoulo!

Dando continuidade a série “o que é isso, mamãe?”, estávamos as duas pela manhã as voltas com a limpeza da gaiola de Catarina, quando iniciou-se um diálogo mais ou menos assim:

- Mamãe o que é tesoulo?

- Tesouro filha, é uma coisa muito rara de achar e muito preciosa.

- O que é ralo mamãe?

- Hum... É uma coisa que tem só um pouquinho... Por exemplo: tem uma porção de passarinho, mas ursinho panda só tem uns pouquinhos num país bem longe, a China. Entendeu?

- Mas o que é pecioso?

- Ah filha, precioso é assim uma coisa que além de raro, é muito mais muito importante mesmo, sabe? Como você é pra mim. Você é meu tesouro!

- Não sou tesouro mamãe!

- É sim filha, mas ser tesouro não é ruim não filha, é bom! Você é meu tesourinho!

- NÃO- SOU-NÃO! (respondeu ela zangada)

- Porque não?

- Porque eu não- quelo-se- tesoulo!

- E você quer ser o que então?

-PÍN-CE-SA!

O que é isso mamãe?


Da série "coisas que não me contaram quando fiquei grávida": antes da famosa fase do “porque”, que segundo contam começa lá pelos 5, 6 anos de idade, tem a fase do “o que é isso mamãe?” Tão chata quanto, e que requer tanta paciência quanto a famosa outra fase.

Quando são perguntas pertinentes, ou seja, coisas que ela realmente ouviu mas não sabe o significado tudo bem. Aliás, tudo bem as vezes, porque tem umas que são duras. Ok perguntar: “mamãe, o que é colabolar?” "É ajudar filha"...
Mas perguntar “mamãe o que é incoelente?” é dose. Como é que se explica um troço desse pra uma criança de 3 anos?
- Ah, filha é uma pessoa assim, que diz uma coisa e faz outra, sabe?
Não não sabe. E insiste:
- Mas o que é incoelente ma-mãe!?
- Sei lá filha. Não sei explicar. A mamãe não sabe tudo! Posso pular essa pergunta?

Posso. Ufa!

Tem vezes que ela quer só puxar assunto e vem com umas perguntas bobas que ela tá cansada de saber a resposta:

- Mamãe o que é biscoito?
- Pô filha, é isso aí que você ta comendo!
...
- Mamãe, o que é vaca?
- Com assim o que é vaca Laís? Você já cansou de ver no Discovery que a vaca é aquele bicho que dá o leite que a gente toma da caixinha. E você já viu uma vaca de verdade. Só o que você não sabe é que quando ela morre a gente faz aquele churrasquinho que você adora comer com farofa! (é eu pego pesado as vezes, eu sei).


Mas apesar de não ser a pessoa mais paciente ou original até que tenho ficado satisfeita com algumas das respostas que tem me ocorrido. A melhor de todas foi:

- Mamãe, o que é homem?
- Homem filha, é um menino que cresceu. A única diferença é o tamanho!

;o)

Um pé de que?



Minha mãe dia desses estava explicando pra Laís que no nome do pai e da mãe dela tinham árvores.

Daí ela explicou que a Macieira da a maça, que a Laranjeira dá a laranja...

- E a bananeira?

- Banana!

- Isso muito bem!

- E a Oliveira?

- Não sei vovó....

- Ah! A oliveira da a azeitona!

- Azeitona?

- Isso mesmo.

Então no outro dia...

- Filha, a vovó me contou que você aprendeu os nomes das árvores.

- Foi mamãe!

- E que você aprendeu que tem árvore no nosso nome!

- Foi mamãe!

- E você lembra qual é meu nome todo?

- Kalen Macieila do Nascimento!

- Isso! E o seu?

- Laís Azeitona de Oliveila!

A história da Catarina


Eu prometi, então vou contar. Quando resolvi me mudar sabia que iríamos para um lugar onde, diferente do que foi desde que ela nasceu, não haveriam crianças pra ela brincar, nem lugares próximos para passear.
Então morrendo de culpa mas sem opção porque tinha de me mudar, prometi a ela que quando nós mudássemos para uma casa daria a ela uma coelha.
Pesquisei na internet e descobri que existem raças de mini-coelhos (que não passam de 2kg) que são muito dóceis, de baixo custo de “manutenção” e fáceis de cuidar.
Difícil foi convencer a criança de que a coelha não poderia ser rosa. Ela queira porque queria que a coelha fosse cor-de-rosa.
O nome foi escolhido por ela. Um pouco antes de eu comunicá-la de que iria ganhar uma coelha fomos a uma festa onde o mágico tinha uma marionete a quem ele chamava de Catarina.
Quando perguntei que nome ela queria dar, esse estava “fresquinho” na cabeça dela e foi assim que a  batizou “Catalina”.
Começamos a fazer planos:
- Quando a Catarina chegar você vai me ajudar a cuidar dela né?
- Vou mamãe!
- E você vai dar comidinha pra ela?
- Vou mamãe!
- E vai colocar ela pra brincar?
- Vou mamãe!
- Vai ficar com ela no colo?
- Vou mamãe! Mas mamãe... Cocô e xixi você limpa tá?
:o[
Tá né. Fazer o que?

2.7.09

Catarina

Então, prometo que vou contar todas as historinhas dela, mas ando trabalhando feito Isaura e nessas ocasiões eu sempre fico cansada demais pra escrever.

Por hora basta saberem que essa fofura da foto aí de cima é a Catarina, a mini-coelha (é mini mesmo, não cresce não) que dei de presente pra Laís. O nome, foi ela mesma quem escolheu.
Tem porque. Eu conto. Juro que conto, mas outro dia...