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29.3.12

Os Melecas: II e III.

Vcs lembram quando eu contei do Meleca I? Pra quem não lembra, clica aqui vai, pra poder acompanhar a conversa.
Pois é. Estamos no Meleca III!! Sim, vcs não entenderam mal, eu escrevi Meleca III.
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Eu, ainda dormindo preparando o café da manhã meu e da criança (sim sou “quase sonâmbula”), quando me chega ela serelepe puxando conversa:
- Mãe, vou te contar uma coisa! Eu to namorando de novo!

Eu, lembrando que o melhor a fazer com esses papos é não dar muita confiança (ou ao menos fingir que não dá):

- É? Você voltou com o Bruno?

- Não!!

- Ah é, vc estava namorando o João Marcelo ( = Meleca II), esqueci....

- “O João Marcelo é muito calminho.” Disse ela, fazendo cara de “não rolou”.

- Sei. Não combinava com a sua “sapequice”.

- “É!” Concordou ela rindo.

- Sim e quem você está namorando então? O Cauã?

- Não!! Adivinha?

- Filha, tem muito menino na sua sala. Facilita a vida de mamãe. Me conta logo.

- Ó: ele é louro, mas não é o Bernardo Carvalho!

- Vc tá namorando o Be Galvão?

- Isso! Como vc adivinhou? (como eu adivinhei: só tem dois louros na turma. Ela disse o que não é. Dãã)

- Mas filha até onde eu sei o Be já tem DUAS namoradas! Suas MELHORES amigas!!! ( sim vcs não leram errado, eu escrevi duas. E minha psicologia de não dar confiança pro assunto foi pro espaço nesse exato momento)

- Mas a Sophia saiu do colégio. E a Maria deixou eu namorar com ele!

- E ela, vai namorar quem?

- “Sei lá ué. Nem me interessa!” E então ela deu de ombros e saiu categórica com sua torrada e o toddy encerrando o assunto.


Ps: pra quem não lembra, clica aqui pra ver porque eu não chamo mais os Melecas de Meleca ( na frente dela, claro! )

;o)

19.5.11

Meleca não! Ou: dorme com esse barulho, mamãe.

Ai os filhos... esse maravilhosos espelho de nós mesmos que nos mostram o tempo todo o quão certo ou errados podemos ser...
Este domingo, chegamos um pouco mais tarde em casa e Laís foi dormir mais tarde do que o normal. Estava já quietinha, de olhinho fechado, quando de repente abre os olhos, suspira forte, olha pra mim e exclama com veemência:
"-Mãe você tá TODA errada sabia?" Assim mesmo, com ênfase no “toda”.
"- Porque minha filha????" Respondo eu, absolutamente surpresa com aquilo, àquela altura do championship.
"- Porque você fica chamando o Bruno Gusmão de Meleca! Por acaso você gostaria que te chamassem assim, gostaria? Não né? Então você não devia fazer isso!"  Exclamou a defensora dos fracos e oprimidos.
Fiquei calada por uns instantes refletindo sobre como é que eu ia sair daquela, até que me rendi:
"- Você tem razão filha. Tá errado mesmo e eu não gostaria que me chamassem assim, então eu não vou mais chamar seu namorado assim, ok? Você me desculpa?"
"- hum-hum ". Sem muita convicção... Não senti firmeza e insisti:
"- Você me desculpa filha?"
"- Desculpo mamãe, não precisa chorar." Disse ela, dando tapinhas amigáveis no meu ombro para que eu não chorasse.

Enfim, agora mamãe tem de chamar o meleca de genro. Toma essa mamãe! rs

PS: depois de 3 dias encafifada com essa porra refletindo sobre o ocorrido, cheguei a conclusão que insolência e o sobrenome dessa criatura que botei no mundo  se a menina tem todo esse discernimento do que é certo e do que é errado, de como se deve ou não tratar as pessoas, já com esta tenra idade, sinal de que estou (eu me minha equipe de apoio claro, não posso me esquecer: o pai, a vó e a escola kkk) fazendo um bom trabalho.
É, acho que posso dormir com esse barulho sim...

18.5.11

Como é que eu não saquei? Ou: o meleca I. Ou: ainda falando em precocidades


Laís tinha um coleguinha na escola que logo que ela entrou implicava tanto com a bichinha, mas tanto, que ela chegava em  casa chorando dizendo que não queria mais ir pra escola porque o amiguinho falava coisas horríveis pra ela, como por exemplo que eu ia morrer, que iam cortar meu pescoço e eu ia sangrar até a morte... Essas coisas de moleque levado, que percebeu logo que falar da mãe era o ponto fraco da menina (e de toda torcida do Flamengo, vamos combinar).

Na primeira reunião de pais a que estive presente, soube pela vó do Bruno (o coleguinha atentado em questão) que ele estava em um momento delicado, e soube também que ele não implicava só com a Laís, ele pegava no pé de geral, só que a Laís sentia mais.

Pedi então pra psicóloga do colégio ficar de olho e ela resolveu conversar com os dois. Confesso que achei que não adiantaria, mas depois do tal papo nunca mais Laís reclamou dele e fiquei aliviada.

Um dia, Laís ficou doentinha e como o pai estava mais disponível que eu ele a levou a clínica. Estavam na recepção lotada quando chegou um menino com o uniforme do colégio, ele e Laís se olharam e correram um em direção ao outro e se abraçaram longamente. A mãe do menino espantada ainda perguntou "eles se conhecem? " E Wil com toda gaiatice que lhe é peculiar, responde: "Acho que não. Foi amor a primeira vista."
Fato é que foi uma comoção geral na cliníca com aquele monte de mãe em uníssono fazendo "ooowwwwwnnnnn" para os dois, que só se desgrudaram de novo quando foi a vez de entrar no médico.
Qual não foi minha surpresa quando ao saber da história toda, Wil me conta que foi com o Bruno. Aquele mesmo, o "implicante".

Aí de uns tempos pra cá  ela começou a falar nele normalmente quando comentava as brincadeiras na escola. Pensei com meus botões "que ótimo, ficaram amigos." Até o dia que minha mãe veio me dizer que ela contou que estava NA-MO-RAN-DO o Bruno. E que tinha mais! ela disse que já tinha BEIJADO ele! Na BOCA!

Pensei de novo com os botões: "cacete, mas já??" Aí eu lembrei que com 3 anos eu tinha um namoradinho que se chamava Reison e andávamos de mãos dadas pra cima e pra baixo, e tinha ainda uma  menina invejosa e recalcada chamada Renata que me apertava as bochechas de raiva porque ela queria namorar com ele.Então tenho de pegar leve com a menina, mesmo que meu primeiro impulso tenha sido mudar ela de escola...
**********

Há bem pouco tempo, eu tinha um chefe, que criativo como ele só, pra azucrinar a vida da filha adolescente (só de farra mesmo),  resolveu que não ia perder tempo decorando nome de namorado nenhum. Que todos eles seriam Meleca  e pronto. Achei genial!  Pedi permissão pra plagiar a idéia e, permissão dada, fiquei eu achando com esses tapados desses meus botões (que pô, francamente, nem pra trocar uma idéia comigo cara, só me deixam falando sozinha!) que só ia usar essa daqui há uns 10 anos. Há-há-há, doce ilusão.
***********

Aí, estávamos no carro eu ela e o pai, indo pro colégio, pouco depois da  páscoa e segue o seguinte diálogo:
Ela: - Mãe, sabia que o Bruno Gusmão levou ovo de páscoa e dividiu co-mi-go?
Eu: - É filha? Que bacana, legal ele ter feito isso!
Ela: - É e dividiu com todo mundo até com a Pri?( a professora).
Eu: - Muito bacana mesmo filha!
O pai: - Quem Laís, levou ovo de páscoa pra você?
Ela: meu NAMORADO ué!
O pai: - Seu namorado? Quem é seu namorado?
Ela: - O Bru-no Gus-mão!
Eu : - O meleca!
Ela, rindo: - Porque meleca mãe?
Eu: - Porque eu já te falei: todo namorado que vc tiver na vida, terá o apelido de meleca!
Ela, desistindo: ah, tá bom!
O pai: Por acaso você perguntou se podia namorar?
Ela: -Não! ( como quem diz: " e eu lá preciso disso?")
O pai, sério: - Sabe que criança não pode beijar na boca né filha?
Ela: - Mas eu já  beijei!

Obs: graças ao bom Deus nessa hora eu estava parada no sinal, se não seria desastre na certa!

Eu e o pai, ao mesmo tempo:  - Mas não pode filha, criança pode dar a mão, abraçar, beijar na bochecha, na boca não! Só adulto, tá?
Ela: - Porque não?
Eu, encerrando o assunto: -Porque dá sapinho! E é feio criança beijar na boca, e se insistir nisso eu te mudo de colégio! Pensei melhor e resolvi radicalizar menos: - Não, mudar é brincadeira filha, não vou mudar você de escola não(rs)  mas sapinho é verdade!
Ela: - O que é sapinho mãe?
Eu: É peraba na boca!


Obs final: Aos queridos pais do Bruno Gusmão, Juliana e Léo: meu sinto muito, mas o filho de vcs agora, por motivos de força maior, é o Meleca I! rsrs

4.4.11

A Precocidade dos Fatos

Os hábitos vão mudando um pouco com as mudanças na rotina, mas já há algum tempo, desde que passou a entrar no colégio às 10h, Laís acorda, me acorda e pergunta: “mamãe, posso ver desenho?” Isso é por volta das 7h. Eu em geral me arrasto até a TV, ligo, pergunto o que a mocinha quer assistir e aviso: “Daqui a meia hora eu levanto pra fazer seu café” e, com sorte, ela me deixa cochilar mais um pouquinho. Sem sorte ela acha que 3 minutos já foram meia hora e vem me chamar de novo porque tá “com muita fome e eu só quero ficar dormindo”.

Acho cedo pra ela saber quem é Hanna Montana, Justin Bieber e Jonas Brothers, mas na escola essas informações voam, não tem como controlar.
Em fim, sábado ela me acorda e lá vamos nós pro processo:

- Você quer ver Nick jr., Disney jr., ou Discovery jr.?

- Mamãe, o Discovery não é Júnior. É KI-DIS.

- Tá, tá, vai querer ver o que?

- Disney.

Coloquei na Disney e estava passando um vídeo clip da Selena Gomez. Laís olha pra mim com aqueles olhinhos de espanto e fala:

- Ela é linda né mãe?

- É, e sabe de quem que ela é namorada? Do Justin Bi-ba! ( gente eu sei o nome do moleque certo, eu escrevi ali em cima ó, mas esse nome e aquela carinha pedem uma sacaneada!)

Ela então colocou a mão no coração de leve, só com as pontinhas dos dedos, bem afetada mesmo, deixou cair o queixou e disse teatralmente:

- Mamãe, DES-MAI-EI! E se jogou pra trás no sofá simulando perder os  sentidos, com a cara mais gaiata do mundo.

Agora me diz aê: não era para eu passar por isso só daqui há uns 8 anos pelo menos?