15.1.09

Diálogos na hora de dormir

O PUM

Acho que eu já comentei que a Laís tá sempre tentando me fazer rir na hora em que vou colocá-la pra dormir, que é pra poder bagunçar só um pouquinho mais: se eu caio na risada perco a moral e ela se espalha e fica tagarelando uns 15 minutos a mais até começar a ficar sonolenta novamente.
Mas nesse dia não teve jeito. Decretei como sempre:
- Agora chega filha, boa noite, vamos dormir tá?
Ela fez que sim com a cabeça e ficou quietinha. Pouco depois ela soltou um pum, olho pra mim toda risonha e constatou:
- Mamãe, eu di um pum!
- Não filha, é “eu dei” um pum!
- Não mamãe fui eu!

E POR FALAR EM PUM...

Acabamos de rezar como todo dia fazemos na hora de dormir e ela pergunta:
- Mamãe cadê o papai do céu, foi embola?
- Não filha ele nunca vai embora, ele tá sempre com a gente porque ele mora no nosso coração.
- Mas cadê ele?
- Ele é invisível filha.
- O que é isso invisível?
- É uma coisa que você não consegue ver.
- Mas o que é isso invisível?
Percebi que ela não entendeu e mudei de tática:
- Invisível é assim ó: você solta pum não solta?
Ela concordou com a cabeça e seu típico “um-hum”.
- e você vê o pum?
Ela fez que não com a cabeça.
- Mas você sabe que ele existe né?
- um-hum!
- Então filha, papai do céu também é assim igual o pum: você não vê, mas sabe que ele existe!

E com essa explicação ela se deu por satisfeita e fomos dormir. Quer dizer, ela foi. Eu fiquei pedindo perdão à papai do céu pela blasfêmia...

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