Esse diálogo aconteceu hoje e por isso está bem fresquinho na minha cabeça os argumentos e entonações usados pela minha pequena cidadã.
Chovia à cântaros e eu precisava ir ao banco. Do outro lado da rua, nada muito demorado, mas o escândalo que precedeu minha saída foi semelhante a eu sair carregando uma mala de rodinha e dizer:- Até semana que vem!
Não sei porque ela estava muito sensível hoje. Talvez por isso quando acordou do seu soninho da tarde e me viu de roupa de sair, perguntou assim meio como quem não quer nada:
- Você vai fazer o que?
- Vou ter que sair de novo filha, não consegui resolver o que fui fazer no banco aquela hora, então vou ter que voltar lá, mas é rápido...
- Não, mamãe. Você não vai não...
- Eu preciso filha é rápido...
- Não pecisa não!(essa frase já foi em tom de sofrimento, naquele quase-abrindo-o-berreiro) Eu vou no banco com você!
- Não pode fil...
- PODE SIM!
- Ô filhota, se tivesse chovendo menos eu até te levava, mas tá chovendo muito e não é bom criança sair com chuva.
E então ela fez aquela cara de quem se lembrou de algo de repente e respondeu:
- Mas eu tenho guarda-chuva, sabe?
Lembrando que o pingo de gente só tem dois anos e dois meses, ok?
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