1.9.10

Discovery Kids e Eu

Ahá! Pe-guei!
Finalmente, depois de quase 3 anos de marcação cerrada,considerando-se que Laís começou a assistir televisão por volta de um ano de idade, consegui pegar um erro (de dublagem, vá lá, mas ainda um erro) no Discovery kids.

Estava vendo aquele famigerado Hi-5 novo (o que aconteceu com os antigos? Ficaram velhos? Tipo Menudo?) quando, naquela parte final onde eles contam historinhas, eis que a menina que narrava a história diz: “- E então eu realizei meu sonho de se transformar em uma estrela no céu!”

Não sei bem há quanto tempo desenvolvi essa estranha obsessão (eu sou mãe, ora pitombas, mães são seres cheios de estranhas obsessões), mas o fato é que, há algum tempo, só consigo assistir Discovery com minha filha se for pra ficar procurando furo.

Logo que comecei assistir Discovery ficava encantada por ver aquela dedicação para criar desenhos bacanas e educativos. A seleção é rigorosa: se não “estimula a raciocínio lógico”, não “desperta a curiosidade” e se não “ ensina a compartilhar”, não serve pro Discovery Kids.

Por que os desenhos da minha época (mãe entregando a idade) eram todos com um animalzinho com cara de zongo mongo metido a fofi que na verdade era sempre um grandessíssimo FDPSD (= Filho da puta sádico dissimulado), como o piu-piu, o papa-léguas ou o Jerry. É claro que não me tornei nenhuma desajustada assistindo Tom e Jerry, que até hoje é meu desenho predileto, mas como mãe achava lindo aquela história de irmãos koala cantando a canção de ajudar:
“tente ajudar, importe-se com os outros
sempre que puder, divida o que tiver
ajudar é bom, me deixa tão feliz!
Vamos lá ajude alguém!
Venha ser feliz também!”

Parece até jingle da Caixa econômica, né não? Aquele toquinho de gente ficava rebolando o fraldão da frente da TV toda feliz, e eu toda feliz de não me sentir culpada por já tornar aquele pitoco de gente numa adicta na caixinha preta. Só que, como eu disse, cresci vendo coisas mas “animadas” do que uma menina de cabelo rosa que inventa histórias para o irmãozinho ou um dinossauro roxo amigo das crianças e cheio de boas maneiras pra ensinar.

Eu cresci vendo Tundercats, He-man e Zone Raiders! Vcs lembram do Mun-rá? Só de lembrar tenho pesadelo até hoje! Pra quem não conhece, resumo:

Tundercats: seres meio felino/meio humanos lutavam contra mun-rá, o de “vida eterna”. Uma desgraça de uma múmia franzina que os espíritos do mal transformavam em uma múmia saradona com olhos vermelhos e esbugalhados. Sinistro.

He-man: um príncipe estilo Roberto Leal (que? vc não sabe quem é Roberto leal? Ah, vai catar no Google pô!) que luta contra um esqueleto do mal que quer conquistar o planeta na companhia de mais uma dúzia de seres do mal.
Ok, vá lá. Se quiser saber quem é Roberto Leal, clica aqui.


Zone raiders: uma parte da cidade (alguma qualquer dos EUA que não lembro agora) era contaminada por alguma porcaria e isolada por uma redoma de vidro. As pessoas lá dentro eram uns zumbis da porra.

Bom, agora pensando melhor, acho que fiquei meio desajustada sim, porque ao invés de ficar feliz com o Discovery e todo aquele universo de coisas boas sendo ensinadas eu fiquei foi profundamente entediada. Até porque vamos e venhamos: os caras compram 5 episódios de cada desenho e passam “ad nauseum”. Acho que deveria ter uma lei que proibisse qualquer mãe de ser torturada tendo que ver 10 vezes o mesmo episódio de (marque um x na opção mais torturante):

( ) Mister Maker!
( ) Lazy Town
( ) Mecanimais
( ) Todas as respostas acima.

Meu desenho preferido  do Discovery é George o Curioso , a quem apelidei carinhosamente de “George o vândalo”. Adoro o episódio em que ele seqüestra todos os cachorros que iam participar de uma exposição e os donos ficam histéricos procurando. Gosto também particularmente do episódio do campeonato de reciclagem, que ele pra poder ter mais embalagens vazias vai até a geladeira e mistura resto de picles com ketchup e calda de chocolate no mesmo pote. Genial! George rasga papel de parede, abre presente dos outros, e derrama suco de uva no tapete novo. George é quase uma criança normal. Ok gente, eu sei, George é um macaco, mas vai dizer que vcs acham que o Charlie (da Lola) é um menino crível? NÃO É NÃO! Charlie é fake, Charlie não existe! Nenhum irmão de 8 anos tem toda aquela paciência com a irmãzinha pentelha de 3! Eu sei! Eu tenho 3 irmãos mais velhos, 3! Vão por mim: Soren Laurence (o amigo imaginário da Lola) é mais real que Charlie.

Aliás, outro irmão que me irrita é o Caillou. Gente onde já se viu um moleque de 4 anos que tem to-da aquela paciência do mundo com a irmã caçula (Rosie)? Ele conta história pra ela dormir! Áhaha-haha (risada insandecida) ! Faz-me rir, mas muito mesmo! E alguém pode me explicar porque o moleque tem 4 anos e ainda é careca?

Na verdade, esse foi o segundo erro que eu peguei, mas demorei tanto pra escrever esse post que acabei esquecendo qual foi o outro.

Em fim, ainda cabe dizer, antes de deixar esse assunto pra lá, que:
- Adorei a estréia de meu amigãozão – produto nacional de primeira qualidade,
- Continuo amando os imbatíveis amiguinhos Backyardigans,
- E o Doki é tudo de bom! :o)

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei rever Roberto Leal.
Graaaaaande vascaíno!!!

Bjs!

Dindo.

Baby Spot disse...
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